domingo, 16 de janeiro de 2011

Defending the Nation - Part 2

Começou-se a grande batalha pelos céus da cidade, o ronco dos caças era ouvido a todo segundo e, do solo, olhar para cima era assustador: Explosões, destroços de caças chovendo nas ruas e mísseis rasgavam o céu em uma velocidade incrível, era muito perigoso para quem estivesse lá embaixo.

Um caça inimigo estava seguindo o de Gabriel, mais um pouco e o avião ficaria no alvo. O Gripen girou no ar e mergulhou em direção à superfície, o SU-35 seguiu o Gripen para baixo, disparando uma rajada de metralhadora contra o avião, já entre os prédios, Gabriel acelerou o caça e virou bruscamente para a direita, passando perto das janelas do prédio, que explodiram em cacos de vidro pela força da propulsão. O piloto inimigo não esperava tal manobra, o Flanker-E virou seguindo Gabriel, algo dentro do andar explodiu, arremessando vários destroços em chamas em todas as direções.

Gabriel continuava sendo seguido pelo SU-35. Um míssel surgiu do meio do caos e atingiu em cheio o caça, não dando tempo nem do piloto ejetar, Gabriel olhou para o caça, admirado, e depois olhou para a origem do míssel, era um dos caças de seu esquadrão passando por cima de seu cockpit, ele notou uma figura num dos lemes, uma rosa em chamas, então já deduziu quem era o piloto.

- Obrigado, senhorita Fatale... - Disse ele sorrindo, voando em direção ao caos.

- De nada, Angel. - Ouviu-se uma voz feminina no rádio.

- Pelo menos economizei um míssel... - Disse ele brincando.

Rafael apertou o gatilho, uma rajada de metralhadora atingiu um SU-27, partindo ao meio a asa esquerda, o Flanker começou a girar e a cair, deixando um rastro de fogo e fumaça negra no céu até o chão. O combate ia bem, até ouvir-se a voz do operador AWACS no rádio.

- Esquadrão Odin, temos quatro bogeys chegando do leste, são pilotos experientes, defenda o território até os outros esquadrões derrubarem o resto.

- Roger. Ok, pessoal, voltar para a formação. - Disse o capitão Henry.

O esquadrão se juntou em formação novamente, um pouco mais à frente, outro esquadrão, desta vez inimigo, se aproximava rapidamente de Odin.

- Igual uma cruzada... - Disse Gabriel, vendo que os dois esquadrões se encontrariam frente a frente.

Os esquadrões se aproximavam rapidamente, em uma certa distância, os caças inimigos começaram a disparar suas metralhadoras, e assim o esquadrão Odin se dispersou. Henry estava manobrando sua aeronave para tentar abater um dos F-16 do esquadrão inimigo até que reparou nos números no leme e no símbolo no caça.

- Droga... Eu conheço esse símbolo! - Disse ele para si mesmo. - Esquadrão Goraya.

O esquadrão Goraya era o esquadrão mais experiente da Borávia, eram verdadeiros Aces da força aérea e por isso eram temidos pelos seus inimigos. Começou-se um intenso dogfight¹ entre os esquadrões Odin e Goraya pelos céus da cidade, agora destruída pela guerra. Minutos se passaram e os caças ainda disputavam, foi quando a voz do operador do AWACS voltou a falar novamente no rádio.

- Esquadrão Odin, RTB²! Repito, retorne para a base imediatamente!

- Retornar? Por quê?! - Perguntou Rosie.

- Eu não sei... Enfim, isto são ordens, vamos retornar agora. Certo capitão? - Comentou Gabriel.

- Sim. Vamos ter que... - Nesse momento, a voz de Henry foi interrompida por uma forte interferência no rádio, uma luz vermelha desceu do céu e formou uma espécie de onda de choque mais ao norte, todas as aeronaves que voavam naquela área simplesmente pararam de responder, mais alguns segundos e o rádio voltou a enviar, mas ainda parecia estar com defeito.

- Que merda foi essa?! - Gritou Heberth.

- Eu não sei. Vamos sair daqui agora! - Disse o capitão Henry.

- Todas as aeronaves, retornem para a base imediatamente! Retornem agora! - Gritou o AWACS.

- Deus... O que está acontecendo? - Perguntou Rosie, observando ao redor.

- Temos que sair logo daqui... Todas as aeronaves, impulsão em 100%.

- Tudo bem, capitão. - Disse Heberth.

Todos os esquadrões fugiam de sua própria cidade, outro raio de luz caiu um pouco mais perto e destruía todas as aeronaves naquela área. Outro raio caiu mais ao leste e a onda atingiu a aeronave de Rafael, que estava por último, e se dissipou, a aeronave de Rosie também foi danificada, mas ainda voava normalmente, fora os instrumentos com defeito.

O circuito elétrico do Gripen de Rafael estava com problemas, quedas de energia ocorriam a todo momento e os instrumentos estavam com defeitos. Assustado, tentou ejetar, mas não respondeu. Um caça inimigo apareceu e disparou um míssel contra o Gripen, numa tentativa desesperada de sobreviver, tentou novamente ejetar e desta vez o vidro saiu, o assento voou para cima do caça e o míssel atingiu a traseira do Gripen, consumindo o avião em chamas e o derrubando.

- Você está bem? - Perguntou Heberth.

- Estou bem, fora alguns arranhões... Sim, estou bem. - Respondeu Rafael, enquanto caía com os para quedas já abertos.

- Temos que voltar agora. - Disse Henry.

- Mas, capitão... Sam foi abatido, precisamos resgatá-lo... - Protestou Rosie.

- Não podemos fazer isso agora ou seremos os próximos, se chegarmos à base inteiros, ele terá mais chances de ser salvo. - Respondeu ele.

- Nos perdoe, buddy... - Disse Gabriel olhando para baixo, logo em seguida voltando a se concentrar no que vinha à frente do esquadrão.

Rafael estava caindo em uma área rural, havia campos, uma casa e uma única estrada, uma rajada de vento vindo da cidade atingiu o para quedas, que desviou o curso para a estrada, mas Rafael queria cair nos campos, pousar naquela estrada poderia ser perigoso, alguma unidade térrea inimiga poderia passar e capturá-lo. O para quedas se desestabilizou com outra rajada de vento e Rafael atingiu o solo com força, fazendo-o rolar pelo asfalto e batendo a cabeça em uma pedra no acostamento, ele ficou enrolado nos fios do para quedas, deitado no acostamento da estrada, quase inconsciente e com um ferimento na cabeça e alguns arranhões do momento da explosão do caça.

Do horizonte, Rafael viu um veículo branco se aproximando, e um som de motor ao longe, mas não demorou muito até que ele apagasse.

Uma caminhonete branca vinha pelo leste, e parou no acostamento ao lado do piloto caído, a porta se abriu e alguém desceu do veículo, aquelas botas caminharam, dando a volta pela frente da caminhonete e chegando até o homem, não importava quem era, Rafael corria perigo.

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¹ - Dogfight

Expressão usada pelos pilotos para definir um duelo entre aviões de combate.

² - RTB = Return to Base (Retornar à Base)

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