quarta-feira, 16 de março de 2011

Battle over Hann Island - Part 1

Seis meses se passaram desde o início da guerra. Borávia tentava avançar pelo continente, mas Narkóvia resistia forte. Os militares narkovianos encontraram a chance de virar o jogo. Narkóvia preparava um plano de ataque para retomar o território, mas o guardava à sete chaves, apenas observando o inimigo, à espreita, esperando o momento certo do ataque, era uma operação secreta, perigosa e talvez a mais importante da história do país.

Walrus City ficou totalmente isolada, pontes e estradas destruídas por bombardeios. Todos dentro da cidade, desde civis, boravianos ou narkovianos... Estavam presos.

Enquanto isso, no oceano, o esquadrão Odin havia completado poucas missões, sem muita importância, mas isto estava prestes à mudar.


21 de Setembro de 2017, Hann Island, Narkóvia. 16:32

Naquele pequeno quarto, a música ecoava pelas paredes e pela porta fechada, Gabriel estava deitado na cama de baixo do beliche, remexendo sua cabeça ao ritmo da música. A música que estava tocando do computador, se chamava "Ready for Love" da banda Bad Company.

"Walkin' down this rocky road
Wondering where my life is leadin'
Rollin' on to the bitter end
Finding out along the way
What it takes to keep love living
You should know how it feels, my friend."


Heberth de repente entrou no quarto, observou Gabriel ouvindo a música e riu.

- Pensando nela? - Disse ele.

- Ãhn?! O que? Como assim? - Perguntou Gabriel, confuso e abaixando o volume da música.

- Nada não, hey, o comandante tá chamando pra ir pra sala dele... - Respondeu ele, abrindo o armário e guardando um peça de roupa dentro dele.

- Eu? Por que? O que eu fiz dessa vez?

- Eu é quem vou saber! Vá até lá, horas!

- Quem disse que ele quer me ver? - Perguntou Gabriel, desconfiado.

- O capitão. - Respondeu Heberth, irônico.

- Naah, odeio aquela sala, geralmente quando entramos nela é porque alguém quer cortar nossas gargantas... - Comentou Gabriel cruzando os braços, ainda deitado na cama.

- Pois é, buddy... Boa sorte, você vai precisar! - Riu Heberth.

- Ha... Valeu, queria ver se ele tivesse chamado você... - Disse Gabriel se levantando da cama.

- Te vejo do "outro lado"! - Gritou Heberth, se despedindo como se Gabriel fosse morrer, enquanto ele saía do quarto.

O corredor estava deserto, o que era um pouco raro naquela base, saiu do dormitório e atravessou o pátio até um prédio, lá dentro ficava a sala do comandante, por um lado era o lugar que os pilotos mais temiam, por outro, alguns poucos recebiam promoções... Mas Gabriel não se lembrava de algo incrível que tivera feito na ultima missão.

Minutos depois, Gabriel já esperava ao lado da porta da sala do comandante, porém se surpreendeu com quem saía da sala.

- Rosie? - Disse Gabriel, surpreso.

- Gabriel... Ele também chamou você?

- Sim...

- Capitão Smith, entre logo. - Ouviu-se a voz rouca vinda da sala.

- É com você... - Disse Rosie, caminhando rapidamente em direção ao corredor. Parecia mais que queria dar o fora logo dali para não se envolver.

Gabriel entrou e fechou a porta, o comandante estava na mesa à frente, analisando alguns documentos com seu óculos. No canto esquerdo da sua boca havia um charuto, por onde saía fumaça. Gabriel imediatamente se lembrou do que os pilotos diziam sobre Roark, um típico chefão (da "máfia") ou um comandante sádico e malvado, Gabriel não pode evitar de achar aquilo engraçado, porém admitia que até fazia sentido.

- Segundo Tenente do Esquadrão Odin, Gabriel "Death Angel" Smith... - Começou a falar o comandante, ainda observando os documentos em sua mão e com a outra posicionando seu óculos.

"Lá vem bomba..." Pensou Gabriel.

- Você, assim como sua colega, foram chamados aqui para receber uma informação secreta. - Continuou ele.

"Informação secreta? Que droga é essa? É algum tipo de brincadeira?" - Pensava Gabriel.

- Informação secreta, senhor?

- Sim. Os membros do seu esquadrão participarão de uma missão militar ultra-secreta, por tanto, não posso lhe passar os detalhes na sala de briefings.

- Mas, e o capitão Gannon? Ele já sabe?

- Sim, ele já sabe. Ele lhe passará os detalhes da operação em breve, isto foi apenas uma notificação. E lembre-se, não deixe ninguém saber sobre isso.

- Sim, senhor.

- Ótimo, chame o Thaylor pra comparecer aqui também, dispensado!

Gabriel deu de ombros e caminhou até a porta, após sair da sala, quem estava esperando ali do lado era Rafael, caminhou pelo corredor para se encontrar com Heberth e lhe dar o aviso, se lembrou de lhe pregar uma peça como vingança do que ele fez quando foi chamado.
Mas sua mente estava confusa, afinal, uma "missão secreta"? Aquilo parecia uma brincadeira, mas o capitão e o comandante eram homens sérios, por isso nenhum cadete se arriscava contar piadas perto deles.

Gabriel entrou em seu quarto e Heberth estava digitando algo no computador.

- Hey, buddy... O Comandante quer te ver na sala dele... - Disse Gabriel.

- Aham, sei... - Respondeu Heberth sem nem menos olhar, não era tolo, como fizera o mesmo com Gabriel, ele queria se vingar.

- Tudo bem... Fica por conta sua agora.

Alguns segundos se passaram e Heberth finalmente cedeu.

- Droga! - Disse ele, caminhando em direção à porta, Gabriel riu.

Algumas horas se passaram, os cinco caças Gripen decolavam da base à noitinha, podia-se ver os últimos raios do Sol no horizonte, criando um ponto iluminado à oeste, no meio de toda a escuridão azul que tomava conta do céu.

Aquele era apenas um vôo de rotina, para vigiar as fronteiras da ilha, estava tudo calmo e quieto por ali, o único som que vinha era a da turbina dos caças.

- Seria ótimo se no painel tivesse algum aparelho de som pra ouvir música em missões tediosas como essa. - Disse Heberth.

- Desta vez eu concordo com você. - Respondeu o capitão.

- Rosie... - Disse Gabriel, de repente.

- Sim?

- Estou vendo algo... Olhe para o leste, perto da água, o que acha que é aquilo?

Uma luz brilhante parecia deslizar acima da água.

- Eu não sei, talvez um helicóptero?

- Chequem o radar. - Disse Rafael.

- Ele é muito pequeno... Se parece mais com um...

- Aqui é o capitão Gannon! Callsign Rumbler! Esquadrão Odin! Contato por radar! Repito, contato por radar!

A luz se tornou mais brilhante e parecia estar vindo na direção do esquadrão.

- É um míssel! Dispersem-se! - Gritou Rosie.

Os aviões desmancharam a formação e se separaram, cada um para uma direção diferente.

O míssel era diferente de qualquer um que eles conheciam, tinha um formato levemente quadrado e duas pequenas asas. Ele passou reto pelo esquadrão e continuou seguindo para o oeste.

Uma interferência atingiu o radar.

- ECM! - Gritou Rosie.

- De onde eles estão vindo?! - Perguntou Heberth.

- Eu não sei! - Respondeu Gabriel.

Outros três mísseis parecidos atravessaram o céu em direção ao oeste.

- Eles estão indo pra ilha! - Disse Rafael, olhando para o oeste e se lembrando onde ficava a base.

- Aqui é o capitão Rumbler! Esquadrão Odin! Hann Island está sob ataque! Eu repito, Hann Island está sob ataque! Emitam o alerta imediatamente!

Enquanto isso, na base, um som ensurdecedor começou à tocar acima da torre de controle, todos deixaram o que estavam fazendo e começaram à correr para preparar as aeronaves para decolagem e ir para seus postos de combate.

Do alto falante acima da torre, uma voz familiar gritava:

- Aqui é o comandante de Hann Island, Roark Rafferty! Estamos sob ataque! Eu repito, estamos sob ataque! Isto não é um exercício! Todos os oficiais para seus postos de combate, agora!

- O que nós vamos fazer?! - Perguntou Rosie.

Aproximadamente dezessete caças inimigos estavam se aproximando da ilha.

- Death Angel e Knight! Vão interceptar os mísseis! Sam e Fatale, me sigam! Vamos dar cobertura para os dois! - Ordenou o capitão.

- Sim, senhor! - Disse Rosie.

- Vamos derrubar alguns mísseis, buddy! - Disse Heberth para Gabriel.

- Pelo menos acabou o tédio... - Respondeu Gabriel, acelerando a potência das turbinas.

Os dois caças passaram lado a lado, velozmente em direção aos mísseis que voavam em direção à ilha, precisavam correr contra o tempo e encarar o risco, já que estavam tentando interceptar um novo e desconhecido tipo de arma do inimigo, mas ordens são ordens.


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